Corregedoria encaminhará três telefones para análise do Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos da corporação
A Corregedoria da Polícia Civil encaminha nesta quinta-feira (2) para o Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos da própria instituição os celulares dos três agentes presos na quarta-feira (1º) em Porto Alegre e em Canoas. O objetivo da análise é verificar se há informações que possam ligar os policiais civis com o suposto pagamento de propina para que não investigassem ações de traficantes em algumas áreas da Capital.
Além disso, a Corregedoria ouve nesta quinta-feira duas testemunhas do fato e continua analisando demais materiais apreendidos, como computadores e documentos. Os três agentes seguem presos no Grupamento de Operações Especiais, no Palácio da Polícia, e ainda não prestaram depoimento, o que pode ocorrer nesta sexta-feira (3). A investigação apura o envolvimento de servidores com integrantes de facção criminosa que atua no tráfico de drogas. As prisões fazem parte da Operação Patrinus. Além da Região Metropolitana, também foram cumpridos mandados judiciais em Santana do Livramento, na Fronteira Oeste. Entre os materiais apreendidos, havia drogas. O trabalho policial tem origem em investigação do Ministério Público que desarticulou, neste ano, esquema de tele-entrega de cocaína na Capital.
As detenções
Foram presos dois policiais da 3ª Delegacia do Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc), um preventivamente e outro por detenção temporária, e um agente da 3ª Delegacia distrital de Porto Alegre, capturado preventivamente. São eles, Renato Almeida Bejoso e Adalberto Azambuja Flores, do Denarc, e Claudinei Alvarez da Silva Nunes, da 3ª DP. Eles são suspeitos de corrupção, tráfico de drogas e associação para o tráfico. GaúchaZH ainda tenta contato com os advogados dos presos.
Fonte: Gaúcha Zh.